Brasília - O atentado que matou hoje (27) a ex-primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto e 20 pessoas foi duramente repudiado por governantes de vários países. Em carta enviada ao presidente paquistanês, Pervez Musharraf, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte da líder da oposição e repudiou a violência política. Estados Unidos, Rússia, Itália, Espanha, França e Índia também se manifestaram.O presidente norte-americano George W. Bush disse que os responsáveis devem ser levados à Justiça. “Os Estados Unidos condenam fortemente esse ato covarde de extremistas assassinos que tentam enfraquecer a democracia no Paquistão”, destacou Bush.
A mensagem de condolência enviada por Bush foi endereçada aos familiares, amigos e partidários de Benazir Bhutto e das outras vítimas, bem como a toda a população paquistanesa. “Estamos com o povo em sua luta contra as forças do terrorismo e do extremismo”, avaliou o presidente norte-americano. Pré-candidatos à presidência dos Estados Unidos, como Barack Obama e Hilary Clinton, do Partido Democrata, também repudiaram o assassinato da ex-premiê.
O governo russo também condenou o atentado e cobrou providências. “Espero que os dirigentes do Paquistão tomem as medidas necessárias para garantir a estabilidade”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Kaminin.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, declarou ter ficado indignado com a notícia sobre o atentado. Já o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, manifestou sua “dor e a de todo o governo de Roma devido à trágica desaparição” de Benazir Bhutto.
A morte também repercutiu no país vizinho ao Paquistão. O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, declarou que “a maneira com que Benazir Bhuto morreu é uma recordação dos perigos comuns enfrentados pelos países da região, dos atos covardes de terrorismo e da necessidade de que esta perigosa ameaça seja erradicada”.
O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, condenou firmemente o “selvagem atentado terrorista ocorrido no Paquistão”. O líder espanhol também disse estar determinado a cooperar para a consolidação da democracia no Paquistão e para a erradicação do terrorismo.
O governo argentino divulgou ter ficado consternado com o assassinato da líder da oposição paquistanesa. Além de comunicar que a Casa Rosada repudiou o ato de violência, o encarregado da embaixada argentina no Paquistão, Nicolás Perazzo, comentou o clima de preocupação que tomou conta das ruas da capital do Paquistão, Islamabad.
O atentado contra Benazir Bhutto ocorreu durante comício na cidade paquistanesa de Rawalpindi, próxima à capital, Islamabad. A ex-premiê, líder nas pesquisas de intenção de voto para as eleições parlamentares marcadas para o próximo dia 8, foi atingida por tiros, no pescoço e no peito, e morreu a caminho do hospital. O assassino se suicidou em seguida, acionando uma bomba que levava junto ao corpo. Vinte pessoas morreram em conseqüência da explosão. Alex Rodrigues. ABr.
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