Para um brasileiro que chega à Espanha pela primeira vez, são muitas as coisas novas e diferentes que encontrará. Algumas podem confundir a nossa cabeça provocando um pequeno choque cultural. Entre muitas outras relacionadas com o comportamento, eu destacaria uma que considero importantíssima e que poderia servir de exemplo para o nós.
A primeira vez que vi um debate no Parlamento espanhol, fiquei boquiaberto com a forma em que se desenvolvem. O Presidente, então Felipe González, era fuzilado com ataques da oposição que não media as palavras, usando uma entonação agressiva e direta. Algo que eu nunca tinha visto no Brasil, acostumado a ver como no nosso país a autoridade máxima era quase intocável e os debates no Congresso, soporíferos e com pouca intenção. Claro, o nosso regime político concede toda a autoridade ao presidente, deixando o parlamento em segundo plano. É normal num sistema presidencialista. A Espanha é uma Monarquia Parlamentaria onde o Rei tem um papel nulo na política e o Parlamento, ou seja, os representantes do povo, têm o poder. O Presidente tem que dar explicações aos deputados como se fosse um estudante de 10 anos justificando-se ante seus pais. No começo do debate eu pensava: "- ... esse deputado vai ser preso! Como é que o cara diz todas estas coisas (sem ofensas pessoais) ao presidente e não acontece nada? ... daqui a pouco vão cortar a transmissão, porque parece que o presidente está perdendo,,," e coisas assim passavam pela minha cabeça.
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