Brasil, pela primeira vez, passa a ser credor externo

A soma dos ativos brasileiros no exterior (constituídos fundamentalmente pelas reservas internacionais) superou o valor da dívida externa do país, pela primeira vez em sua história. Segundo o relatório Focus, do Banco Central, em 2003, a dívida superava os ativos em US$ 165,2 bilhões. Em 2007, essa diferença, por estimativa, cai para US$ 4,3 bilhões. E, em janeiro deste ano, a posição se inverte e são os ativos que superam a dívida externa em mais de US$ 4 bilhões.


O resultado obtido decorre das políticas macroeconômicas adotadas e da liquidez internacional que permitiu o ingresso de divisas no País. O relatório destaca ainda o bom desempenho das empresas exportadoras e os resultados recordes da balança comercial como fatores cruciais para a melhora na posição internacional do País.

As reservas internacionais tiveram “evolução sem precedentes” nos últimos anos, de acordo com o relatório. Subiram de US$ 16,3 bilhões, em 2002, para US$ 180,3 bilhões, no final de 2007. Apenas no ano passado, cresceu 110%.

Os ingressos de capitais também foram recordes. Alcançaram a cifra de US$ 88,2 bilhões em 2007. Na avaliação do Banco Central, esses ingressos foram bem distribuídos entre Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), em carteira e outros. Os ingressos líquidos de IED atingiram o maior montante da série histórica, US$ 34,6 bilhões, mais que o dobro dos valores observados em 2002. Já os investimentos estrangeiros em carteira foram conseguidos graças ao desenvolvimento do mercado acionário brasileiro, o reforço das regras de governança corporativa e o estímulo à capitalização acionária por meio de ofertas públicas de ações.

Os dólares vindos dos investimentos e dos superávits (obtidos desde 2003) permitiram ao Brasil acumular reservas e também reduzir o montante da dívida. Em 2005, por exemplo, o governo brasileiro liquidou seu passivo com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Declarações - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em declarações à imprensa, disse que essa mudança de devedor a credor pode levar o país ao grau de investimento (o investment grade é a classificação dada por agências de risco aos países considerados mais seguros para investir) ainda este ano e que esses bons indicadores tornam o país mais resistente às crises externas.

A análise é semelhante à do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que afirmou, em nota, que "este feito é resultado direto da implementação, nos últimos anos, de políticas macroeconômicas responsáveis e consistentes, baseadas no tripé responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e metas para a inflação. Esse tripé tem assegurado uma melhora gradativa dos nossos fundamentos fiscais e externos, o que aumenta a resistência da economia a choques adversos".

Novas moedas - O Banco Central lançará em junho moedas para comemorar o bicentenário da chegada da corte portuguesa ao Brasil e o centenário do início da imigração japonesa ao País. O projeto da moeda comemorativa da chegada da corte (com valor de 5 reais) registra o evento simbólico do desembarque da Família Real no Rio de Janeiro, na atual Praça XV, e presta homenagem a cinco importantes instituições que, fundadas por D. João: a Justiça Militar da União (criada como "Conselho Supremo Militar e de Justiça"); o Jardim Botânico do Rio de Janeiro ("Jardim da Aclimação"); a Imprensa Nacional ("Impressão Régia"); o Ministério da Fazenda ("Erário Régio"); e o Banco do Brasil.

Já o projeto da outra moeda (com valor de 2 reais) exibe o navio Kasato Maru, que representa o início da imigração japonesa, e faz referência à presença japonesa no desenvolvimento da agricultura brasileira, simbolizada por uma camponesa japonesa colhendo caquis. O caqui, nome originado do japonês, foi difundido no Brasil por aqueles imigrantes. SECOM/Em Questão

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